Imagens urbanas e identidade do lugar

2016
Praças e equipamentos urbanos de traçado modernista no bairro de Rio Novo, na Maceió “Cidade Sorriso”.

Descrição: A cidade de Maceió nos primeiros anos da década de 1960 recebeu um tratamento aformoseador “modernista” nas praças existentes da cidade através de um processo de renovação urbana empreendida pelo prefeito Sandoval Cajú que definia essa sua prioridade de atuação como um compromisso em transformar a cidade em “Cidade Sorriso” – slongan que adotou para a sua gestão administrativa e o fez imprimir em muitos dos equipamentos urbanos construídos, “batizarando” os espaços urbanos com essa marca sintetizada em um “S” que, embora sabidamente correlacionado à inicial do seu próprio nome, passou a corresponder a uma insigne de modernização posta em bancos e canteiros de praças, chafarizes, abrigos para paradas de ônibus, trem, lavanderias públicas, etc. Atualmente, já havendo muito pouco desse acervo que adotou uma linguagem bem particularizada com o revestimento de azulejos em pedaços e um desenho funcionalista, entende-se ser importante inventariar os exemplares remanescentes, analisando a forma, os materiais e o ideário da concepção Modernista, com vistas à adoção de medidas preservacionistas a um momento bem definido da história e da imagem urbana de Maceió e de modo bem particular no bairro de Rio Novo que recebeu uma atenção mais geral do citado prefeito e assimilou nos anos 1960 a 1963 a uma estética modernista que elevou a autoestima aos moradores que ainda hoje assim se colocam: “Rio Novo só foi moderno e funcionou na época do Sandoval Caju. Naquela época sim! Aqui teve praça com monumento, teve ponte, tudo de concreto e muito bonitas. Vinha muita gente fotografar. Hoje aqui está tudo acabado e se vive dessa saudade da beleza que ele fez e nem se conservou direito. Derrubaram parte dela. E desde então voltou a ser um bairro sem beleza como era antes dele passar por aqui.”. Todo a acervo documentado será também registrado na base de dados do Portal de Arquitetura de Interesse Histórico, Técnico e Artístico em curso no RELU-FAU-UFAL..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Mestrado acadêmico: (1) .

Integrantes: Josemary Omena Passos Ferrare – Coordenador / Rafaela Cristina dos Santos Carvalho – Integrante / Tarcila Leão – Integrante / Karla Rachel Jarsen de Melo Calheiros – Integrante.

2014 – 2014
Adornos arquitetônicos de antigas fábricas de cerâmica portuguesas da cidade do Porto em edificações neocoloniais em Maceió: pesquisa para subsídio ao inventário e restauro

Descrição: O projeto busca obter dados históricos, técnicos e artísticos de peças em cerâmica esmaltada, tais como (esculturas alegóricas e ainda outras peças de adorno como painéis azulejares, etc.), encontrados em algumas edificações na cidade de Maceió, com inscrições que afirmam serem provenientes de fábricas portuguesas situadas nas cidades do Porto / Vila Nova de Gaia, Portugal; fábricas que disseminaram estes tipos de adornos que unia a arte e a indústria aplicada à arquitetura para o exterior, através da sistemática de produção de catálogos e uma comercialização que se serviu do apogeu do transporte marítimo e ferroviário entre o final do séc. XIX e início do XX. Dentre ocorrências já catalogadas em Maceió, ao longo de levantamentos de prédios para diagnóstico do estado de conservação para realizar projetos de restauro, foram encontrados em exemplares bem marcantes do estilo Neocolonial, como os prédios da antiga Faculdade de Medicina de Alagoas, Instituto Médico Legal, a conhecida casa vizinha à Casa da Indústria e ainda em algumas amplas residências. Admite-se que o apelo do ideário nacionalista pela busca de referências arquitetônicas luso-brasileiras difundido pelo estilo Neocolonial, muito tenha contado para a disseminação dessas peças entre as cidades brasileiras e, de modo muito particular em Maceió, haja visto esta constatação feita nos exemplares analisados. Dentre as peças identificadas constatou-se a ocorrência de peças das Fábricas da Corticeira, Santo Antônio e das Devezas. Considerando que as antigas instalações da Fábrica Devesas, desativada há anos, ameaçam desabar e as instituições ligadas à preservação cultural em Portugal estejam empenhadas em resgatar, tanto o prédio quanto a memória da vasta produção remanescente no território luso e a transportada para as ex-colônias, a investigação ora proposta se coloca oportuna por possibilitar a obtenção de subsídios necessários ao processo de restauro das peças encontradas nas edificações neocoloniais analisadas e, até mesmo em outras de estética eclética e/ou neoclássica, também ornamentadas com algumas delas (como o antigo Asilo das Orphas, Cemitério da Piedade, etc.). E, ainda, por poder expor para instituições portuenses, a destinação de peças nelas produzidas e que vieram ser instaladas em Maceió em período de apogeu comercial da cidade – (final do séc. XIX e início do séc. XX). A pesquisa desenvolveu-se em Estágio Pós- doutoral, subdividido em duas etapas: Etapa 1 em Maceió (1º semestre /2014) e Etapa 2 ( meses de setembro-outubro/14) na cidade do Porto, subsidiada pelo Programa “Bolsas Ibero – Americanas -professores / pesquisadores” Santander Universidades. Contou com a tutoria da FAUP Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.(Portugal) através do arqto. Alexandre Alves Costa, professor catedrático, emérito desta Faculdade. O afastamento foi aprovado pela unidade acadêmica (FAU-UFAL). Autorizado pela vice-reitora na portaria n. 957 de 31 de julho de 2014..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.

Integrantes: Josemary Omena Passos Ferrare – Integrante / Alexandre Alves Costa – Coordenador.

2013 – 2014
O olhar preservacionista das UEPs no Plano Diretor de Maceió sobre a arquitetura modernista: uma revisão e análise de valores arquitetônicos e patrimoniais de unidades protegidas.

Descrição: O projeto de Iniciação Científica propôs revisar a inclusão de exemplares de arquitetura modernista na gestão municipal do Patrimônio Histórico em Maceió entre as 56 UEPs (Unidades Especiais de Preservação), assim salvaguardadas pelo Plano Diretor da cidade em 2005, discursivamente pontuadas pelas vinculação à evolução urbana e histórica da cidade. Coloca-se relevante destacar que a preservação de Arquitetura Moderna no Brasil foi negligenciada por muitas décadas pela instituição IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), encontrando-se na atualidade, em estágio de ascendência de reconhecimento dos órgãos gestores da práxis preservacionista em muitos estados e municípios. Em Maceió, diferentemente, o órgão gestor da política de preservação, a Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLA) tomou a firme decisão de eleger exemplares e algumas praças de reconhecida imagética modernista como UEPs e os tem protegido de descaracterizações parciais, conseguindo impedir demolições que são almejadas pelo voraz mercado imobiliário que redesenha vários bairros. Na tentativa de melhor entender a tônica discursiva das escolhas feitas aos exemplares de feição e conceitos modernistas, almeja-se analisar a relevância dessas escolhas no âmbito do direito á memória da arquitetura modernista alagoana e maceioense. Embora conduzindo essa normatização preservacionista, já há cinco anos, a equipe técnica do órgão gestor municipal ainda precisa obter mais informações específicas sobre os projetos originais e as peculiaridades físicas dos exemplares modernistas em foco. Aplica-se assim revisar a ação de categorização em UEPs de 10 imóveis e quatro praças de nítida concepção modernista e analisar os seus valores arquitetônicos. O produto resultante desta pesquisa serve de subsidio à gestão municipal, pois consistirá em levantamento histórico, fotográfico, espacial e também analítico das características tipológicas e arquitetônicas, sistematizadas em fichas inventariais de fácil visibilidade para os processo de registro inventarial e gestão patrimonial..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (2) .

Integrantes: Josemary Omena Passos Ferrare – Coordenador / Rafaela Cristina dos Santos Carvalho – Integrante / Jéssica de Cássia Silva Gonçalves – Integrante.

2009 – 2010
Do Jaraguá ao Pontal: mudanças e permanências na fachada litorânea de Maceió – AL

Descrição: O projeto consiste em rastrear e sistematizar dados para a efetivação de análise do espaço natural e construído, relativa à faixa litorânea que margeia o trecho compreendido entre os bairros de Jaraguá, Centro, Trapiche e Pontal da Barra na cidade de Maceió. A sua importância se faz diante da ameaça constante de esquecimento da história dos lugares e da identidade cultural dos mesmos, visto esta área representar um grande pólo de desenvolvimento urbano no passado e assim manter-se no presente. Considera-se relevante levantar, através de uma pesquisa estruturada, registrar através de referências gráficas, bibliográficas e iconográficas, as modificações já ocorridas no âmbito do tratamento paisagístico nessa área, tais como: aterros de área oceânica e curso de rio, cortes de dunas, definições formais de passeios e leito da via margeante, implantação de caminhos de bondes, tipo de arborização e canteiros, etc. e, no âmbito do espaço edificado registrar também a disposição de equipamentos urbanos como coretos, praças, monumentos, etc., e a concentração de edificações residenciais que variavam entre palacetes e casas térreas de platibandas, repartições públicas e de usos diversos como Clube Fênix, a sede do Porto marítimo, a indústria Salgema (atual Braskem), o Emissário Submarino, as tipologias alternativas de edificações no estigmatizado bairro do antigo Ouricuri até as implantações de edifícios verticalizados hotéis, prédios comerciais, etc., pontuando-se as permanências materiais e imagéticas que vêm remanescendo ao longo de todo o processo de formação/consolidação desse trecho urbano, tão representativos para a feição identitária da cidade de Maceió. Entende-se que uma metodologia aportada em análise cartográfica e iconográfica, associada ao registro de relatos bibliográficos e jornalísticos, levantados desde o séc. XIX até a atualidade, evidenciará as graduais e as impactantes mudanças versus permanências remanescentes, no espaço natural e edificado, ao long.
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (4) / Mestrado acadêmico: (0) .

Integrantes: Adriana Capretz Borges da Silva Manhas – Integrante / Josemary Omena Passos Ferrare – Coordenador / Myllena Karla Santos Azevedo – Integrante / Elaine de Albuquerque Medeiros – Integrante / Taiane Gonçalves de Lima – Integrante / Camila Maria Barros Ferreira de Araújo – Integrante.
Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas – Bolsa.
Número de produções C, T & A: 11 / Número de orientações: 2

2008 – 2010
A Imagem turística da cidade do Rio de Janeiro – Brasil

Descrição: O projeto visa descobrir quais elementos são imprescindíveis à formação da imagem turística da cidade do Rio de Janeiro, na tentativa de apontar às esferas decisórias qual a imagem de força desta cidade deverá permear o incentivo ao consumo do lugar
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Mestrado acadêmico: (3).

Integrantes: Maria Emília de Gusmão Couto – Coordenador / Cristiane Rose Siqueira Duarte – Integrante.

2008 – 2010
No caminho dos sinos e do poder: as ruas ‘do Sol’ e ‘do Imperador’ como eixo de circulação entre as praças Sinimbú e Martírios

Descrição: O caminho aludido corresponde neste projeto ao percurso Rua do Sol-Rua do Imperador na cidade de Maceió consistiu-se na rota da mercadoria (no presente e no passado), sendo portanto testemunha do poder religioso e político-econômico que levou à construção de marcos territoriais, expressões espaciais de domínio desses poderes. A força simbólica, tanto do percurso quanto desses marcos remanescentes, decorreram das relações sociais estabelecidas ao longo da história pelo uso dos espaços públicos presentes ao longo desse percurso, assim como o seu próprio uso. A pesquisa objetiva entender os fluxos que mantiveram o percurso, seus marcos e as manifestações culturais como expressões de valor patrimonial, capazes de estabelecer a continuidade entre passado e presente, através da sua manutenção simbólica ou da sua reformulação ao longo da história da cidade de Maceió, apontando para a necessidade de resgate dessa memória coletiva..
Situação: Desativado; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Mestrado acadêmico: (3) .

Integrantes: Josemary Omena Passos Ferrare – Coordenador / Vanine Borges Amaral – Integrante / Cynthia Nunes da Rocha Fortes – Integrante / Adriana Capretz Borges da Silva Manhas – Integrante / Sandro Gama de Araújo – Integrante / Zeila Maria de Oliveira Machado – Integrante / Tarcila Leão – Integrante.

2008 – 2009
Marechal Deodoro- Cidade Histórica, Patrimônio Nacional: qual a imagem do morador?

Descrição: A pesquisa propôs explorar a imagem (real e idealizada) da cidade de Marechal Deodoro, classificada como histórica por pontuar referências como a de ter sido a primeira Capital da Província de Alagoas e a terra natal do Proclamador da República – o Marechal Deodoro da Fonseca – e ainda manter um considerável acervo arquitetônico/urbanístico legado pelo processo de colonização portuguesa que lhe impingiu a forma urbana e nítidos padrões tipológicos ao seu espaço construído. É visível o atual estágio de decadência física de vários exemplares que reafirmam a sua imagem de cidade histórica somado a um acelerado processo de remodelações/demolições de unidades edificadas, intensificado a partir da abertura da Rodovia AL/101 Sul em 1979 e de outras injunções político administrativas do Município. Diante deste quadro, os órgãos instrumentalizadores da Política de Preservação do Patrimônio Histórico, em âmbito estadual e nacional decretaram Atos de Tombamento (respectivamente nos anos de 1983 e 2006) como recursos de salvaguarda a todo Patrimônio Arquitetônico e Urbanístico de nítida expressão dos tempos do Brasil Colônia. Porém, para efetiva implementação das proposições valorativas destas medidas protecionistas, sobretudo as referentes ao Ato de Tombamento Federal que está em curso e sendo articulada com diretrizes do Plano Diretor do Município, reconhece ser necessário ações efetivas do poder público municipal que venham a conter este processo e perda de exemplares tipológicos e estimular o seu desenvolvimento sócio-econômico e turístico, todavia sensibilizado pelo o que é significativo na memória coletiva da população local herdeira legítima de todo o Patrimônio e História, que se intenta preservar. Para tanto, torna-se imprescindível captar a própria imagem do morador deodorense tem este meio urbano, tão peculiar em termos sócio-históricos e a relação de entendimento/reconhecimento destes moradores com a proposta da Política Pública de Preservação Patrimonial.
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (1) .

Integrantes: Josemary Omena Passos Ferrare – Coordenador / Rafael Malafaia Ferreira de Araújo – Integrante.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa.